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Auxiliar de pedreiro que confessou ter matado menina que sumiu ao ir à padaria é indiciado pelo assassinato de outra adolescente, em Goiânia

Thaís Lara (esquerda) e Reidimar Silva (direita) em Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Reidimar Silva foi preso após confessar o assassinato de Luana Marcelo, em 2022. Em seguida, confessou a morte de Thaís Lara, que estava desaparecida desde 2019.
O auxiliar de pedreiro Reidimar Santos Silva, de 31 anos, foi indiciado pela morte da menina Thaís Lara da Silva. O inquérito foi enviado ao Judiciário na semana passada. Thaís sumiu no Setor Madre Germana II, em Goiânia, em 2019, e estava desaparecida desde então.
O g1 não localizou a defesa de Reidimar para se manifestar até a última atualização desta reportagem.
Em novembro de 2022, Reidimar foi preso por sequestrar e matar a menina Luana Marcelo Alves, de 12 anos, no mesmo bairro. Luana desapareceu ao sair de casa para ir à padaria. Thaís sumiu ao sair de casa para ir à feira.
Com a semelhança entre os casos, o Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) da Polícia Civil reabriu o caso da Thaís Lara. Semanas após estar preso, Reidimar confessou a morte da menina e indicou onde escondeu o corpo. No local, a polícia achou uma ossada, que mais tarde foi confirmada pela perícia como sendo de Thaís.
A delegada titular do GID, Ana Paula Machado, contou que Reidimar foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver, por ter estuprado o corpo depois da morte da menina.
Agora, o Ministério Público vai analisar os documentos e pode denunciar Reidimar por mais esses crimes. Ele já foi indiciado pela morte de Luana Marcelo em dezembro de 2022 e está preso desde a época do crime.

Morte de Thaís Lara
Thaís Lara da Silva, de 13 anos, desapareceu no bairro Madre Germana 2, em Goiânia, em 2019, Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civi


A delegada Ana Paula Machado explicou que Reidimar enforcou Thaís Lara, queimou o corpo dela e o jogou em uma cisterna da casa onde morava. A ossada da menina foi achada em 11 de janeiro de 2022.
Em depoimento feito na prisão, ele disse que matou a menina porque ficou com raiva após ela perguntar se ele era estuprador. Havia informações circulando no bairro de que ele teria estuprado uma menina em 2015.
"Ela perguntou se era verdade o que o pessoal falava no bairro, que ele era estuprador. Ele disse que ficou com muita raiva e partiu para cima dela", detalhou a delegada.
A Polícia Civil investiga outros casos de desaparecimentos no Setor Madre Germana II para
saber se Reidimar também pode ser o autor.

Caso Luana Marcelo


Luana Marcelo Alves, de 12 anos, foi morta e enterrada por vizinho em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Luana Marcelo Alves tinha 12 anos quando desapareceu. Ela saiu para ir numa padaria perto de casa, no dia 27 de novembro de 2022, e não voltou para casa. O corpo dela foi encontrado três dias depois, no quintal da casa de Reidimar Silva Santos. Ele confessou ter matado a menina após ser preso.
VEJA O QUE SE SABE: Morte de Luana Marcelo
Segundo a Polícia Civil, Reidimar contou que convenceu a menina de entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro para a mãe dela e que passaria a quantia. Depois, já na casa dele, ele tentou estuprá-la, mas ela resistiu. Então, ele a enforcou e a estuprou depois de morta.
Depois da morte, ele contou à PC que usou madeira e isopor para colocar fogo no corpo e enterrou a menina no quintal de casa, usando cimento, o que dificultou até mesmo que os cães farejadores descobrissem o corpo no local.
Luana Marcelo Alves, de 12 anos, foi encontrada morta após sumir depois de ir à padaria em Goiânia Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Jheiny Hellen



Por Rafael Oliveira, g1 Goiás

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