Neste ano, 29 líderes do candomblé e da umbanda concorrem utilizando orixás ou os títulos de pai e mãe de santo no nome de urna. Isso equivale a 4% do total de religiosos inscritos para a eleição
Era 2010 quando policiais agrediram um jovem agricultor em um assentamento na zona rural de Ilhéus, no sul da Bahia. Uma das líderes da comunidade, a ialorixá Bernadete Souza tentou intervir e foi acusada de desacato.
“Houve uma manifestação do meu orixá. Os policiais me jogaram no chão, em um formigueiro, puxaram meu cabelo e disseram que satanás ia sair do meu corpo”, conta.
O episódio marcou Mãe Bernadete de Oxóssi e serviu de combustível para sua luta contra a intolerância religiosa. Para dar protagonismo a esse e outros temas ligados às comunidades tradicionais, ela concorre neste ano a uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia pelo PSOL.
Ela não é a única. As eleições de 2022 terão um recorde de candidaturas ligadas às religiões de matriz africana, indica levantamento da Folha com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Neste ano, 29 líderes do candomblé e da umbanda concorrem utilizando orixás ou os títulos de pai e mãe de santo no nome de urna. Isso equivale a 4% do total de religiosos inscritos para a eleição.
Mas o número é maior, já que nem todos adotam explicitamente as funções nos terreiros ou os nomes das divindades. É o caso da própria Mãe Bernadete de Oxóssi, que aparecerá nas urnas apenas como Bernadete.
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