O Distrito Federal alcançou uma marca importante no combate ao coronavírus: possui o maior percentual de testes realizados de todo o país. Pesquisa do IBGE, divulgada aponta que cerca de 17% da população do DF já testou para a Covid- 19. É o maior índice entre todas as unidades federativas do Brasil. Os números são do mês de julho. Segundo o estudo, das 13,3 milhões de pessoas que fizeram algum exame para a Covid no Brasil, 511 mil (16,7%) eram do Distrito Federal. Em seguida, vem o Amapá com 11%, e o Piauí com 10,5%. Trata-se de uma pesquisa amostral feita pelo instituto na qual os entrevistados respondem se já fizeram algum tipo de teste contra a doença. Portanto, não há distinção se o exame foi feito na rede pública ou em laboratórios privados. Dados oficiais da Secretaria de Saúde apontam que até o momento a rede pública já realizou 477.716 testagens em todo o DF. “É um feito muito importante. A estratégia adotada levou a esse alto número de testagens. Os testes no sistema drive-thru, a eficiência do nosso laboratório (Lacen) e os exames enviados para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) deram resultado”, explica o subsecretário de vigilância à saúde, Eduardo Hage. “Como é uma amostragem, se somarmos o total de testes feitos na rede privada creio que já passamos de 600 mil exames no DF”, acrescenta. PERFIS DOS TESTADOS A pesquisa Pnad Covid19 é experimental e a coleta começou em maio, por telefone . O estudo foi criado para trazer números que possam auxiliar no enfrentamento ao coronavírus. Temas como comorbidades, comportamento frente ao isolamento social, indicadores escolares também foram abordados. “Os testes foram realizados por homens e mulheres , quase que igualmente – 6,2% e 6,4%, respectivamente. E principalmente, por pessoas de 30 a 59 anos de idade. Quanto maior o nível de escolaridade e a renda, maior foi o percentual de pessoas que fez algum tipo de exame”, destacou a coordenadora do estudo, Maria Lucia Vieira. Para o presidente da Codeplan, Jean Lima, o mapeamento de testagens é fundamental entender a taxa de transmissão da doença no DF. “Nossa média de testagens é muita boa. E além de superior a outros estados, é maior que a de países como a Alemanha e algumas regiões dos Estados Unidos”, revela. VÁRIAS OPÇÕES PARA TESTAR Os números da Secretaria de Saúde reúnem os testes feitos por drive-thru, as ações itinerantes em diversas localidades consideradas vulneráveis, em feiras, no sistema prisional, nas UBSs, servidores da saúde de outros órgãos públicos, além dos exames feitos pelo Laboratório Central de Saúde do Distrito Federal (Lacen). O volume de recursos empenhados pela Secretaria de Saúde/ Fundo de Saúde para aquisição ou contratação de serviços de testagens é de R$ 64,2 milhões até o momento. Além disso, 300 mil kits de testes rápidos foram doados à Secretaria de Economia no final de julho. O material passou pela análise da Fiocruz e está pronto para ser usado. O próximo passo para manter as testagens em alta será dado na semana que vem. Os postos drive-thru, suspensos em junho, voltarão a funcionar. A contratação de uma empresa foi feita mediante dispensa de licitação e 10 pontos de coleta vão ser disponibilizados para a população. “É rápido e muito prático, E desafoga as unidades de saúde pois o cidadão faz mais rapidamente no drive-thru”, destaca Hage. O Lacen do Distrito Federal também tem apresentado resultados positivos na análise dos exames. Os testes PCR, atualmente, são entregues em no máximo 48 horas. E não há pendência de exames na unidade. O laboratório funciona diariamente e 24 horas por dia. As unidades básicas oferecem dois tipos de testes: rápidos e por swab nasal. Os testes rápidos são feitos a partir da coleta de uma gota de sangue e detectam a presença dos anticorpos de defesa do organismo para combater o vírus na corrente sanguínea. Já os testes RT-PCR são realizados com o swab, haste flexível (cotonete), que coleta o material genético da mucosa do fundo do nariz. Os postos de drive-thru trabalham com os testes rápidos.
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