Goiás chegou ao último lugar no país num ranking que mede o isolamento
social. O estado goiano que já esteve entre os líderes de isolamento vem
registrando os menores índices entre todos os estados brasileiros, com 37,44%
de pessoas dentro de casa, ocupando a lanterna do ranking.
Essa situação tem preocupado as autoridades, pois os casos confirmados de
mortes pelo novo vírus continuam a subir, e os casos de pessoas infectadas
também.
De acordo com o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, Goiás contabiliza
6.149 casos confirmados e 173 óbitos. No Estado, há ainda 29.599 casos
suspeitos em investigação. Outros 14.524 já foram descartados. Há 29 óbitos
suspeitos que estão em investigação.
Dos 246 municípios em Goiás, 151 têm moradores com Covid-19 e 74
possuem casos suspeitos. Apenas 21 cidades não têm nenhum caso
confirmado ou em investigação de Covid-19.
Os municípios do Entorno do Distrito Federal continuam sendo uma das
maiores preocupações dos gestores municipais e estaduais. Além da
proximidade com a Capital Federal que registra muitos casos, a região é
carente em número de leitos de UTI.
O presidente da Associação dos Municípios Adjacentes à Brasília (AMAB) e
prefeito de Águas Lindas de Goiás, Hildo do Candango ressaltou a importância
do isolamento social para assegurar a saúde da população.
“Os estudos feitos pela Universidade Federal de Goiás (UFG) já previam um
aumento no número de casos de Covid-19, à medida que houvesse redução no
isolamento da população. É importante ressaltar que quanto menor for o índice
de isolamento, maiores são as chances de contaminação pelo coronavírus.
Como presidente da AMAB, estou orientando todos os prefeitos e prefeitas do
Entorno a intensificarem as fiscalizações comerciais para protegermos a saúde
de todos, caso contrário, esse aumento das atividades comerciais, sem a
manutenção do isolamento, poderá contribuir para uma piora do cenário”,
declarou.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o isolamento
social ainda é a melhor forma de frear a disseminação do vírus. A
organização publicou um documento que traz uma série de
recomendações e alertas, propondo que critérios sejam atendidos antes
de flexibilizar a quarentena.
Entre os pontos sugeridos estão: transmissão do vírus controlada; sistemas de
saúde com capacidade de detectar, testar, isolar e tratar todas as pessoas com
coronavírus e seus contatos mais próximos; controle de surtos em locais
especiais, como instalações hospitalares; medidas preventivas de controle em
ambientes de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir;
manejo adequado de possíveis novos casos importados e; comunidade
engajada com medidas de higiene e novas normas.
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