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quarta-feira
GOIÂNIA Comissão vai discutir a proposta de extinção de pequenos municípios
Numa iniciativa da Assembleia
Legislativa foi promovida na manhã de segunda-feira (18) uma reunião para se discutir a Proposta
de Emenda Constitucional que
tramita no Senado e que trata de
mudanças no pacto federativo.
Uma das sugestões é a extinção de
municípios com menos de 5 mil
habitantes e cuja arrecadação não
atinja 10% da receita. Participaram
deputados federais e estaduais,
prefeitos, vereadores e representantes da Associação Goiana de
Municípios, FGM e da Uvego.
Quase a totalidade dos participantes se posicionou contra a
proposta e muitos a consideraram
“absurda”. O deputado Federal Rubens Otoni disse que o assunto
provocou surpresa no Congresso Nacional por seu conteúdo ser
considerado “totalmente fora da
lógica”. Elias Vaz disse não ver “a
mínima chance de a proposta ser
aprovada, mas os prefeitos devem
estar atentos e mobilizados para
demonstrar sua indignação”.
O grande questionamento é se
com a extinção os problemas estarão solucionados? Todos os participantes da reunião acreditam
que não e vêm outras soluções.
Uma delas é a aplicação de uma
política de redução de gastos em
todos poderes públicos. Também
apresentadas sugestões para se
reduzir o número de vereadores e
até mesmo o corte de salários para
o vice-prefeito e a promoção de
políticas especiais de desenvolvimento dos pequenos municípios
com o incentivo de instalação de
novas empresas.
Afirmam os prefeitos que essa proposta não atende nem os pequenos municípios que deverão ser extintos, nem os
municípios grandes que vão absolvê-los
os extintos. A argumentação é a de que
“as receitas fiscais não vão compensar as
perdas sociais”.
O presidente da AGM, Paulo Sérgio
(Paulinho), defendeu uma grande mobilização, envolvendo todos municípios, para
evitar a aprovação dessa proposta. “Não
vai resolver o problema nem de um e nem
de outro. O correto é um pacto federativo
com uma distribuição justa dos recursos,
hoje centralizados nas mãos da União, e
o apoio aos pequenos municípios para
que eles possam se desenvolver e obter
sua autonomia financeira. Extinção não é
a solução”, salientou. Já o vice-presidente
da FGM, José de Sousa Cunha, defendeu
uma mobilização de todos os municípios
goianos, pequenos e grandes, para evitar
a aprovação da matéria. “Se for preciso
vamos marchar à Brasília e externar nosso
descontentamento aos congressistas”.
No final da reunião o presidente da
Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Lissauer Vieira, anunciou a criação de
uma comissão especial a ser integrada
por deputados estaduais e representantes da AGM, FGM e Uvego, a qual terá
a incumbência de elaborar uma carta
contendo a posição goiana e que será
entregue a bancada federal de Goiás no
Congresso Nacional.
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