quinta-feira
Comunidade rural mostra exemplo na produção diversificada para geração de renda
Elmiro de Deus/Governo do
Tocantins - A comunidade
rural 25 de julho, região da
Serra da Lopa, localizada
no município de Barrolândia, mostra exemplo na
produção diversificada no
cultivo de banana, abacaxi,
pecuária de corte e criação
de pequenos animais. A associação com 30 integrantes
surgiu há 12 anos, de lá para
cá, os agricultores familiares
se organizaram e quitaram
suas terras adquiridas pelo
Programa Nacional de Crédito Fundiário, agora eles
produzem para o sustento e
comercializam o excedente.
A criação de pequenos
animais, principalmente
galinhas e porcos é mais
uma atividade produtiva. O
produtor, Devair Cândido
possui um galinheiro com
aproximadamente 30 galinhas poedeiras. “Colhemos
uma dúzia de ovos por dia,
aqui somos abençoados,
tudo que temos, criamos e
plantamos, somos bem sucedidos e, o que não falta
também é mercado para
vendermos nossos produtos nas feiras e mercados das
cidades” enfatizou.
O abacaxi, carro-chefe na geração de renda da
comunidade, se destaca
na atividade produtiva. O
produtor, Adelson Pereira
da Silva, iniciou em 2015,
com plantio de 35 mil pés de
abacaxi, nos anos seguintes
aumentou para 40 mil pés.
“Na próxima safra pretendo
cultivar mais de 60 mil pés
de abacaxi, pois é a cultura
mais rentável aqui na comunidade”, projetou
A comunidade possui
cerca de 10 produtores de
abacaxi, sendo uma média
de 30 mil pés de plantio
para cada produtor. O fruto é exportado, a maioria,
para os estados do Sul e
Sudeste do país.
PEQUI
A colheita do pequi, nesta próxima safra, será também uma alternativa para
gerar renda na comunidade. A intenção é cadastrar
as mulheres que integram o
Programa Nacional de Crédito Fundiário no Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) para a colheita do
pequi e comercializar cerca
de 30 toneladas.
O presidente da Associação 25 de Julho, Jailson
Faria de Sousa, disse que na
associação os agricultores
plantam de tudo, sendo o
abacaxi a fruta mais produzida em seguida, a banana.
“Com esforços conseguimos, muitas coisas, mas a
intenção é que consigamos
a individualização das terras para facilitar ainda mais
na busca de novos financiamentos para investirmos em
nossas terras”, disse.
A engenheira agrônoma
da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura
(Seagro), Maria Tereza Vasconcelos explica que essa
é uma associação exemplo
na produção, portanto se
faz necessário individualizar para alcançar novas
conquistas. “O diagnóstico
que contém as informações
socioeconômicas das comunidades rurais e, diante
os dados poderemos traçar estratégicas para buscar os recursos junto aos
órgãos públicos, visando a
melhoria da qualidade de
vida destas comunidades”,
ressaltou a engenheira.
Foram parceiros também nas atividades de
campo em Barrolândia,
o secretário de Agricultura de Barrolândia, James
Lages e o técnico do Instituto do Desenvolvimento
Rural do Tocantins (Ruraltins), José Urbano.
INCENTIVO
Para impulsionar ainda
mais a geração de renda nas
comunidades rurais, a Seagro está realizando nos projeto de associações rurais,
a entrega do Diagnósticos
Rurais (DPRs). A previsão
é que até o final do ano as
30 unidades produtivas
sejam visitadas pelas equipes técnicas, beneficiando
200 famílias de agricultores
familiares. Os principais
produtos cultivados nessas
comunidades são: arroz,
mandioca, banana, hortaliças e abacaxi, entre outros,
Os diagnósticos estão
sendo entregues para as associações das comunidades
de Monte Alegre, Grota Funda, Riozinho, 25 de Julho, Recanto da Paz, Ilha Fomosa,
Cristo Rei, Bom Exemplo e
Coração do Araguaia, nos
municípios de Nova Rosalândia, Cristalândia, Pium,
Barrolândia, Goiatins, Filadélfia e Palmeirantes.
DIAGNÓSTICO
O Diagnóstico Rural
Participativo (DRP) tem
como objetivo conhecer
as realidades sociais, econômicas e ambientais dos
projetos contratados pelo
programa Nacional do
Crédito Fundiário, obtendo informações que possibilitem a revitalização das
unidades produtivas. Para
atender a proposta, foram
levantados os aspectos produtivos, sociais e organizacionais de cada comunidade, objetivando fomentar a
produção rural, promover a
geração de emprego e renda, bem como melhorar a
organização e a qualidade
de vida dos associados.
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