quinta-feira
PDT suspende deputados que votaram a favor da reforma da Previdência
O PDT decidiu instaurar
processo disciplinar contra
os oito deputados federais
que desrespeitaram decisão
partidária e votaram a favor
da reforma da Previdência.
Por decisão da Executiva
Nacional e da Comissão de
Ética, os deputados também estão com suas representações partidárias suspensas até que o processo
seja concluído – o que pode
demorar até 60 dias.
A decisão atinge os deputados federais Alex Santana
(BA), Flávio Nogueira (PI),
Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS),
Silvia Cristina (RO), Subtenente Gonzaga (MG) e Tabata Amaral (SP). De acordo
com o presidente nacional
do PDT, Carlos Lupi, a decisão do Diretório Nacional “é
soberana e representa todas
as instâncias partidárias”.
“Os oito parlamentares
estão com as suas atividades
partidárias de representação
na Câmara suspensas. Ninguém, nenhum desses oito,
pode falar em nome do partido, ter função em nome do
partido, participar da direção
do partido até a decisão final
do diretório nacional”, afirmou Lupi. Segundo ele, esses parlamentares também
podem ser retirados de comissões em que porventura
atuem na Câmara. A decisão será tomada pelo líder
da bancada na Casa, André
Figueiredo (CE).
A sigla também deliberou
que filiados que façam parte
de grupos de financiamento
externo não receberão legenda do PDT para disputar eleições. “O partido não dará legenda nem a vereador, nem
a deputado e nem a nenhum
filiado do partido que tenha
financiamento clandestino:
financiamento patrocinado
por organizações pessoais,
privadas, particulares, de
gente muito poderosa que se
utiliza de grupos para financiar o voto de parlamentares
dentro da sigla do PDT. Não
é específico para um, é para
todos”, afirmou Lupi.
De acordo com o regimento do partido, os parlamentares podem sofrer
sanções mais brandas, como
uma advertência e até mesmo serem expulsos da sigla.
Em março, o PDT fechou
questão contra a reforma
da Previdência. No entanto, caso os deputados votem
contra a proposta na apreciação em segundo turno na
Câmara, a sanção pode ser
revista. A previsão do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), é que a votação ocorra no dia 6 de agosto
com o retorno da Casa às atividades após o recesso legislativo. Heloisa Cristaldo/ABr
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