O Ministério Público do
Trabalho em Goiás (MPT-
-GO) assinou um termo de
cooperação técnica com o
Grupo Mega Moda, formado pelo Mega Moda Shopping, Mega Moda Park,
Mini Moda, Clube de Costura, Praça da Moda e Mega
Moda Hotel, para viabilizar
a contratação dos alunos de
projetos de empregabilidade do órgão. A parceria tem
como objetivo propiciar a
inclusão no mercado formal de trabalho da turma de
16 egressos do “Costurando
Poemas”, que ofereceu um
curso de costura industrial
para pessoas transexuais e
travestis no início deste ano.
E também dos onze alunos,
dentre pessoas trans, mulheres negras e mulheres em
medida protetiva pela Lei
Maria da Penha, que concluíram, este mês, um curso
de design de moda também
custeado pelo MPT. Dos formandos, o Mega Moda já
contratou duas alunas trans
para o Clube de Costura, espaço localizado no piso G3
do Mega Moda Shopping,
onde são oferecidos cursos
e palestras relacionados ao
universo da moda, e que
também realiza ajustes, produção de peças pilotos para
lojas, entre outros serviços.
O procurador-chefe do
MPT-GO, Tiago Ranieri, esclarece que a assinatura do
termo tem como objetivo a
“construção, a partir do trabalho decente, de uma sociedade justa e solidária, livre
de preconceito de qualquer
espécie e comprometida
com a dignidade da pessoa
humana aliada ao crescimento econômico”. Segundo
Ranieri, deve-se estabelecer
uma ação continuada que
envolva segmentos públicos
e privados em prol do fim
de todas as formas de discriminação em matéria de
emprego e ocupação.
A partir de agora, com
o termo assinado, as empresas que fazem parte do
Mega Moda darão preferência, no momento da contratação, aos alunos dos referidos projetos. E para reforçar
ainda mais a importância do
projeto, uma palestra sobre
“Empregabilidade para pessoas em vulnerabilidade social” foi ministrada pelo procurador-chefe do MPT-GO e
a advogada e consultora em
diversidade para empresas,
Chyntia Barcellos, no Clube
de Costura.
O QUE É O PROJETO?
O “Projeto Costurando
Poemas – Empregabilidade
Trans”, iniciativa do Ministério Público do Trabalho
em Goiás (MPT-GO), começou em janeiro de 2019
e contou também com palestras, workshops, rodas de
conversa e oficina de poesia
que visaram a promoção do
empoderamento, de saúde
e bem-estar. O “Costurando
Poemas”, fruto de parceria
com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é
uma continuidade do “Projeto Cozinha e Voz”, realizado em novembro e outubro
de 2018. Na ocasião, além
das atividades de acolhimento, os alunos fizeram
gratuitamente um curso de
assistente de cozinha na Faculdade Cambury.
A empregabilidade da
população trans é uma das
prioridades do MPT, que promove esforços por meio da
Coordenadoria de Promoção
da Igualdade de Oportunidades e Combate à Discriminação no Trabalho (Coordigualdade). Segundo estimativas
da Associação Nacional de
Travestis e Transexuais (Antra), 90% das travestis e transexuais brasileiras se prostituem. Um dos principais
motivos é a expulsão de casa
cedo, com 12 ou 13 anos de
idade, momento em que geralmente começam a revelar
sua identidade de gênero. O
procurador-chefe do MPT-
-GO, Tiago Ranieri, explica
que o projeto faz parte de
estratégia para promover
oportunidades de maneira
que todas as pessoas possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em
condições de igualdade, segurança e dignidade.
O MPT-GO concederá,
em breve, um Selo Social
às empresas que contratarem e mantiverem vínculos de emprego valorizando a diversidade de gênero,
raça, orientação sexual e
origem (refugiados).
Maiara Dal Bo
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