segunda-feira
GDF capacita servidores para atendimento em língua brasileira de sinais
Emanuelle Coelho/Agência Brasília - Para quem é
ouvinte, a comunicação
pode não ter barreiras.
Mas para aqueles que
são surdos e/ou mudos,
tarefas simples, como
uma consulta, podem
representar grandes dificuldades. A questão é
justamente se fazer compreender, pois, em vez
da fala e do som, é com
os sinais – muitas vezes
desconhecidos pelos
profissionais – que essas
pessoas se comunicam.
Para quebrar essa
barreira, facilitar a comunicação e construir
uma sociedade inclusiva, o Governo do Distrito
Federal (GDF), por meio
da Escola de Governo do
Distrito Federal (Egov),
está com inscrições
abertas, até o dia 29 (segunda-feira), para o curso de língua brasileira de
sinais (libras). Interessados podem se inscrever
pelo site da Egov.
Adriana Correia de
Souza é enfermeira no
Hospital Regional do Paranoá e na Unidade Básica
de Saúde do Itapoã (UBS
1). Ela está pré-inscrita
no curso. Na profissão há
dez anos, conta que tem
pacientes surdos/mudos
e que, quando eles não
estão acompanhados por
um intérprete, há certos
obstáculos na interação
com os pacientes. “Quando eles chegam sozinhos,
fica difícil o atendimento
pela dificuldade de comunicação”, pontua.
O curso oferecerá 120
vagas para turmas nos
períodos matutino e vespertino. A duração é de
três meses. Haverá oferta
para iniciantes (libras básico I). Para os servidores
que já participaram das
aulas básicas, há a opção
do curso libras básico II.
O início das aulas está
previsto para agosto. De
acordo com a Egov, duas
turmas serão exclusivas
para o Corpo de Bombeiros e para a Secretaria de
Saúde (SES). Essa foi uma
necessidade manifestada
pelas categorias.
Na avaliação da vice-
-diretora-executiva da
Egov, Juliana Tolentino,
o curso básico de libras é
indispensável aos órgãos
do GDF, especialmente aqueles que prestam
atendimento aos usuários de serviços públicos.
“O objetivo da formação
básica oferecida na Egov
é justamente capacitar
os servidores do governo
para atuarem nos órgãos,
autarquias e fundações
do GDF que trabalhem
no atendimento direto
ao público, cumprindo o
dever de promover acessibilidade linguística ao
sujeito surdo e deficiente
auditivo”, frisa. “Com essa
promoção, o GDF cumpre com as exigências da
Lei nº 6.300/2019, sancionada neste ano, que exige
a formação de servidores
da área da saúde na Língua Brasileira de Sinais”,
esclarece Juliana.
De acordo com o Censo Demográfico de 2010,
o Distrito Federal tinha
573.805 pessoas com necessidades especiais, o
que representava 22,23%
da população total. Dentre as deficiências, a visual
é a que apresenta mais registros no DF (63,71%), seguida da motora (18,02%)
e da auditiva (14,41%).
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