quarta-feira
MINHA CASA MINHA VIDA Prefeituras do Entorno na luta em defesa do Programa Minha Casa Minha Vida
Devido à paralisação dos recursos do Programa Minha Casa,
Minha Vida no estado do Goiás,
os trabalhadores da área da construção civil, empresários, construtores e operários organizaram-se
para realizar um movimento com
o objetivo de chamar à atenção
das forças políticas.
As cidades do Entorno do Distrito Federal tem sido impactadas
economicamente com a falta de
repasses relacionados ás obras
realizadas pelo programa no estado de Goiás, que estão ocorrendo
desde o final de 2018.
A fim de dar continuidade no
programa e de honrar os contratos
entre empresas e compradores,
empresários que atuam no setor
imobiliário e da construção civil
realizarão no dia 29 de maio, quarta-feira, às 10 da manhã, em Brasília, em frente ao Ministério do
Desenvolvimento Regional, uma
manifestação pacífica na tentativa
de sensibilizar as autoridades politicas e o ministro Gustavo Canuto,
para que os empresários da área
possam ter um posicionamento
sobre a dificuldade no repasse de
recursos referentes ás obras do
programa no estado de Goiás e na
aprovação de trâmites contratuais
da compra dos imóveis.
Conforme a Associação dos
Construtores de Águas Lindas (ASCOAL), cerca de 250 empreendedores da cidade aguardam receber
os repasses e mais de 3 mil contratos precisam ser efetuados. O movimento conta com a adesão de
empresários da área de construção, corretores, compradores que
almejam obter a sua casa própria.
“Eu me organizei financeiramente para dar uma casa digna para os meus filhos. Mas logo
agora que encontrei o lugar ideal
não vou poder assinar o contrato.
Dia 29 de maio podem contar
comigo. Eu e meus filhos precisamos da nossa casa”, desabafou Lídia (34), mãe dois filhos menores
de cinco anos.
Cidades como Águas Lindas de
Goiás, Novo Gama, Cidade Ocidental e Valparaíso de Goiás, estão
engajadas no movimento dos trabalhadores da área da construção
civil, pois o impacto econômico
pela falta de repasses dos recursos
do programa tem afetado a arrecadação de recursos e diminuído
o fluxo econômico nos municípios que
compõem o Entorno do DF.
Além de recursos arrecadados por
meio de impostos e outros sistemas de
arrecadação, o impacto negativo, ocasionado pelo travamento dos recursos do
programa também tem afetado o ITBI
das cidades.
As prefeituras estão a favor do movimento dos trabalhadores da construção civil, pois uma cidade necessita que
todos os setores funcionem, para que
ocorra a circulação do fluxo econômico,
e os investimentos continuem sendo
repassados para os setores como saúde
e educação.
Mediante a atual situação, o presidente da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB) e prefeito de
Águas Lindas de Goiás Hildo do Candango, posicionou-se a favor do movimento
dos trabalhadores, se disponibilizando a
mediar um encontro entre as prefeituras
que compõem a AMAB, os construtores
e o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para que uma
solução seja inviabilizada o quanto antes.
De acordo com nota divulgada pela
AMAB uma reunião com o Ministério
do Desenvolvimento Regional já foi solicitada e agora a associação aguarda
uma resposta para que o encontro de
fato aconteça. Segundo o presidente da
AMAB, Hildo do Candango, o intuito da
reunião é garantir uma solução que tranquilize a classe empresarial, trabalhadora
e compradores.
“Precisamos que as autoridades entendam que esta crise não afeta apenas
o construtor civil. Afeta o trabalhador,
o micro empresário que acaba indo a
falência, o comerciante, o morador que
tem o sonho de possuir sua casa própria e a economia dos municípios. Tudo
isso se transforma num efeito cascata,
causando uma crise maior com grandes
impactos em mais de 30 municípios apenas no Entorno de Brasília.” Disse Hido
do Candango.
Em Águas Lindas de Goiás as taxas do
ITBI geram ao município 11 milhões em
arrecadação direta ao ano. A paralisação
das obras do programa Minha Casa Minha Vida trarão um grande impacto para
a economia local, o que afetaria até os
investimentos em áreas como a saúde.
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