sexta-feira
ALEXÂNIA Parada ecológica orienta motoristas
A Corumbá Concessões realizou
uma Parada Ecológica na estrada de
acesso ao reservatório de Corumbá
IV, em Alexânia, no dia 11 de maio. A
ação, que faz parte do Programa de
Educação Ambiental (PEA), abordou
mais de 150 moradores da região e
turistas de Goiânia, Anápolis e Brasília,
que foram curtir o fim de semana na
beira do lago. Eles receberam material
informativo que trata sobre os direitos
e responsabilidades do turista no uso
do lago e da sua área de preservação
permanente (APP) e ganharam saco
para lixo e um lixocar.
Os agentes tiraram dúvidas dos
motoristas em relação aos usos múltiplos do reservatório, como foi o caso
de Carlos Uchoa, servidor público de
Brasília, que tem casa e terreno em
condomínio na região. Ele queria
saber se o turista pode estacionar o
veículo na APP, acender fogueira e
plantar ali mudas nativas do Cerrado.
Conforme informou o agente ambiental, o frequentador do lago deve
estacionar o seu carro na área do condomínio, pois a estrada de acesso ao
lago e a área de manobra, na APP, são
locais de fluxo, onde não é permitido
estacionar. A fogueira é um risco aos
animais e à vegetação, por isso não
é permitido. Quanto à vegetação da
APP, sejam árvores ou rebrotas, ela
deve ser preservada, sendo proibido
retirar o verde.
Uma problemática explicitada durante a parada ecológica foi a questão
do uso de fossa negra pelos condomínios do entorno do reservatório. “Há
informação, mas não há fiscalização.
As pessoas querem fazer o mais fácil,
que é abrir um buraco para receber
todos os resíduos, que se misturam”,
disse. Esses resíduos, completou, vão
poluir o lençol freático e o lago, que
serve a todos.
Uchoa acrescenta que as pessoas
que usam a fossa comum estão dando
um “tiro no pé”, porque hoje reclamam que a água da cisterna está com
gosto ruim e provocando mal-estar.
“Claro que esse tipo de retorno é inevitável,
e somos nós os responsáveis”, comentou.
O correto é construir a fossa ecológica, que
tem custo baixo e é de fácil instalação. “Se as
pessoas não pensarem de forma sustentável,
em pouco tempo vamos acabar perdendo o
nosso lago, devido à quantidade de casas na
região que não conseguirão suportar o grande
volume de resíduos líquidos que saem das
fossas negras”, alerta.
PARCERIAS
Fabrício Souza Feijão, presidente da Associação dos Condomínios do Lago de Corumbá IV (ACLAC 4), foi abordado durante
a ação de sábado. Ele avalia como iniciativas
“excelentes” a Parada Ecológica e outras ações
de educação e fiscalização dos reservatórios
realizados pela Corumbá Concessões. Segundo Feijão, a ACLAC tem levado educação
ambiental aos gestores dos condomínios,
com distribuição de material educativo e sacos de lixo, além de organização de parcerias
com o Ibama e com a Corumbá Concessões
para a realização de cursos e de ações. “Nós
trabalhamos com os gestores no sentido de
multiplicarem as informações junto aos moradores, para que eles adotem boas práticas
conservacionistas da natureza”.
Feijão cita como outro exemplo de ação
educativa a parceria com a Nébia Reciclagem,
que atua na preservação da orla do lago, no
âmbito de Alexânia, instalando contêineres
para descarte de lixo reciclável em locais estratégicos e promovendo pequenos mutirões de
limpeza para coleta de garrafas pet e latinhas
de alumínio na APP. “Tem dado bons resultados, mas precisamos avançar”, disse. Hoje
nenhum condomínio pode ser aprovado sem
o projeto de instalação de fossa biodigestora,
segundo Feijão, embora alguns gestores burlem a exigência. “Essas questões precisam ser
fiscalizadas com mais rigor”, finalizou.
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