Disposto a ter José Batista Júnior (PSB), o Júnior do Friboi, em suas fileiras, o presidente do Diretório Estadual do PMDB, Samuel Belchior, disse ontem, em reunião com o megaempresário, que ele teria carta branca para construir a sua candidatura ao governo do Estado nas eleições de 2014.
Ainda na condição de presidente estadual do PSB, Friboi disse que anunciará o seu ingresso no partido de Iris Rezende dia 15 de maio, para ter tempo de, antes de se desfiliar, comunicar ao governador Eduardo Campos (PE), que preside o diretório nacional, e aos correligionários goianos a sua decisão.
Apesar de afirmar que não ter feito nenhuma imposição para se filiar ao PMDB, Friboi disse que não aceitaria disputar outro cargo a não ser o de governador. “Quero participar do processo e o meu objetivo é construir a minha candidatura ao governo de Goiás. Quero mostrar a minha capacidade de construir e aglutinar as oposições em Goiás”. Para consolidar esse projeto, ele disse que não abriria mão de contar com Iris na chapa majoritária, possivelmente disputado uma vaga ao Senado.
Em entrevista à imprensa, Samuel Belchior afirmou que Friboi é hoje unanimidade no partido e que, por isso mesmo, as portas estariam abertas que ele pudesse construir o seu caminho dentro do PMDB goiano. No entanto, de Goiás disse que o empresário não havia exigido a candidatura a governador. “Isso foi conversado novamente aqui e ele sabe as condições do partido, conhece o partido e sabe que as portas estão abertas, mas tem que construir um projeto dentro do partido”, salientou. “Ele tem hoje, como os demais têm, carta branca para poder construir esse projeto.”
Friboi chegou ao diretório regional do PMDB, no centro de Goiânia, às 8 horas, e foi recepcionado pelos deputados estaduais Samuel Belchior, Bruno Peixoto, Paulo Cezar Martins, Ricardo Fortunato, Wagner Siqueira, Luiz Carlos do Carmo e José Essado, e pelos deputados federais Pedro Chaves e Leandro Vilela. O grupo havia acabado de passar pelo apartamento de Iris, que preferiu cuidar das articulações em Brasília, onde viria a almoçar com o vice-presidente da República Michel Temer, ao lado da deputada federal Iris de Araújo.
O grupo se reuniu por cerca de duas horas, a portas fechadas, sem a presença da imprensa, e na saída, não escondia a animação pelo acordo previamente fechado, já dando como certa a filiação do empresário ao partido. “O partido está unido para receber sempre novos quadros, e quem vier tem de construir seu espaço. Ele (Friboi) tem consciência disso, pois ninguém manda aqui no partido. A vontade da maioria da militância será observada pelo partido, e que a maioria definir é que vai ser feito em 2014”, pontuou Belchior.a
Empresário não acredita em risco
Na avaliação de Júnior do Friboi, a sua ida para o PMDB não se trata de operação de risco e que conjecturas nesse sentido ele debita a alas do governo estadual. “Estou cem por cento convicto disso”, afirmou. “Não tem nenhum risco, como tem dito a situação, que tenta confundir a opinião pública, de que o partido tirou Henrique Meirelles e Vanderlan Cardoso”.
O empresário se refere ao trabalho de articulação do PMDB, de atrair para o partido tanto o ex-presidente do Banco Central como o ex-prefeito de Senador Canedo. Ambos viram naufragar o projeto politico que nutriam de disputar o governo, em processos eleitorais distintos. Friboi procurou mostrar, durante a entrevista, que não haveria a possibilidade de ser também alijado do processo sucessório no ano que vem.
Por outro lado, embora não tenho comentado sobre as idas e vindas de aproximação com a Marconi Perillo (PSDB), procurou se mostrar como integrante da oposição ao governador. E para se cercar de todos os cuidados, é que Friboi já procura costurar apoio à sua pré-candidatura. E o PSB é um deles, daí a decisão de só falar em filiação ao PMDB depois de uma conversa com o governador pernambucano Eduardo Campos. “Quero ver se trazemos o PSB para a nossa base de apoio. Acredito que não vai ter nenhum problema, na medida em que podemos dar estrutura aos candidatos do partido”, disse.
Durante a entrevista, Friboi tentou dissociar a imagem da J&F, holding que controla o grupo JBS, à articulação para ingressar no PMDB para disputar o governo do Estado. A multinacional é um dos maiores doadores de campanhas eleitorais em Goiás e no Brasil. “Não existe nada disso. É intriga da oposição, querendo confundir a opinião pública. Não se pode colocar a empresa dentro desse processo”, disse. “Eu deixei de ser acionista-controlador da JBS, sou acionista investidor da JBS”, explicou.
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