Os moradores de rua utilizam os logradouros. |
Duas semanas depois de um grupo atear fogo a moradores de rua em Brasília, crime semelhante ocorreu na manhã de hoje (10), por volta das 7h, na cidade. Foram mortos, a tiros, dois moradores de rua, enquanto dormiam sob árvores na região de Taguatinga, cidade do Distrito Federal. Pelas investigações preliminares, o atirador disparou várias vezes contra os homens.
O caso é investigado pela 21ª Delegacia de Polícia. Os policiais tentam descobrir o que motivou o crime. Pela manhã, foi feita perícia no local e localizadas cápsulas da bala utilizada no crime. As vítimas – dois homens – estavam sem documentos, o que dificulta a identificação dos corpos. Há cerca de 15 dias, um comerciante contratou um grupo de jovens para queimar dois homens que moravam em frente à loja dele. Uma das vítimas morreu e a outra ainda está internada em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Na semana passada, a polícia identificou os homens que atearam fogo aos moradores de rua. Segundo os policiais, o comerciante que contratou os homens pagou R$ 100 pelo crime. De acordo com o comerciante, os moradores de rua atrapalhavam seu negócio. Um crime chocou o país em 1997, quando jovens da classe média alta foram presos, depois de incendiar e matar o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. Na época, o índio foi morto no momento em que dormia em uma parada de ônibus na Asa Sul de Brasília. O local ganhou uma praça com o nome do indígena. O índio dormiu no local porque a pensão na qual costumava se hospedar estava fechada.
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