O Tenente Coronel Wesley Siqueira Campos, comandante do Batalhão. (Foto Ângela Sacalon/Goiás Agora) |
Pipoqueiro, vendedor de picolés, donos de panificadoras, sanduicherias e condutores de transporte escolar serão cadastrados pelo Batalhão de Polícia Militar Escolar. O Tenente Coronel Wesley Siqueira Campos, comandante do Batalhão, explica como funciona a Rede de Apoio à Segurança nas Escolas e como a comunidade pode ajudar a combater crimes como pedofilia e tráfico de drogas.
Qual trabalho está sendo feito na porta das escolas para aumentar a segurança dos alunos?Wesley Siqueira – Desde maio de 2011, nós iniciamos a identificação de todas as pessoas que realizam atividades laborais, que são eles: pipoqueiro, vendedor de picolés, dono de lan houses, vendedor de espetinhos, dono de panificadoras, condutor de transporte escolar, dono de sanduicherias ou de qualquer empreendimento localizado próximo à escola, e pessoas ligadas direta ou indiretamente aos estabelecimentos de ensino. E, então, além de identificadas, essas pessoas passarão a integrar a nossa rede de denúncias.
Que trabalho o Batalhão pretende fazer com as pessoas cadastradas?
Wesley Siqueira – Cadastradas essas pessoas e identificadas, elas vão passar por um curso de formação, com carga horária de 8 horas, onde obterão informações sobre policia comunitária, dicas de segurança, como denunciar o crime sem ser identificado e relações interpessoais. O batalhão começou a fazer as visitas às escolas, em 20 de setembro. Vamos falar não apenas aos diretores e coordenadores de turno, mas também a essas pessoas cadastradas. Elas vão mantém contato com a PM e faz a denúncia.
Na prática, como o Batalhão pode ajudar as escolas?
Wesley Siqueira – Hoje, nosso sistema de policiamento nas escolas realiza a ronda policial. Nós ingressamos no interior da escola, visitamos o diretor, o professor e o coordenador do turno. Agora, além da ronda escolar nas proximidades, como já dito, visitaremos as pessoas cadastradas em nossa Rede de Apoio à Segurança nas Escolas. Essa rede teve início no dia 20, com lançamento no Colégio Emanuel. A meta é cadastrar 8 mil parceiros até dezembro de 2013.
Como os comerciantes podem ajudar a polícia na segurança das escolas?Wesley Siqueira – Nós tivemos uma situação muito interessante na porta da escola, recentemente. Um ex-aluno, por conhecer os alunos das escolas, estava no portão analisando a entrada dos colegas. Ele abordava alguns deles para tentar vender droga e, ao mesmo tempo, também era freguês de uma lanchonete. Para o dono do empreendimento, ele era apenas um freguês, mas para nós, um empecilho. Tomamos o conhecimento do fato, e o jovem foi preso e autuado em flagrante por tráfico, com 8 pedras de crack. Mas fica a pergunta: porque o dono da lanchonete não denunciou antes esse freguês? Nós devemos colocar como nossas prioridades combater indivíduos perigosos como esse que pode destruir uma família. O lucro pode vir por outros fregueses.
Quais atitudes dizem que uma pessoa pode ser suspeita?
Wesley Siqueira – Temos o pedófilo dentro de um carro com vidros escuros parado na porta das escolas. Ou um veículo com placa de outro estado, e cheio de gente, também é muito suspeito. Temos motociclistas com capacete rondando a escola e olhando para dentro do portão. Mas uma outra situação que tem se repetido com frequência é que alunos marcam brigas para o fim da aula, em local longe da escola. A direção deve entrar em contato com a viatura e denunciar a briga. Mas a viatura deve chegar ali antes do início da briga e permanece até que os envolvidos tenham ido embora. É muito triste chegar ao ponto de a viatura ter que levar um aluno ferido ao hospital.
Existe diferença de trabalho entre escolas estaduais e particulares?
Wesley Siqueira – Não há diferença. Temos atendimento com todos os diretores, todos os coordenadores de turno de escolas municipais, estaduais, conveniadas e particulares. Recentemente, foi identificado um vigilante de escola que era foragido da Justiça. Ele foi preso. Com este cadastro nós já estamos separando o joio do trigo em todas as escolas e analisando quem pode estar nas proximidades das escolas. Nós faremos uma separação. Mas é importante que os pais busquem uma participação com a comunidade, com a escola e com os órgãos de segurança e participem do nosso sistema. Essa participação comunitária é muito importante. É impossível estarmos em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso precisamos da denúncia. Os telefones para denúncia são o 190, o (062) 9969-7134 e o (062) 9628-9527.
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